Curiosidades sobre aeroportos brasileiros
Conheça a história dos aeroportos no Brasil, desde o pioneiro Santos Dumont até o movimentado Guarulhos. Descubra curiosidades sobre aeroportos perigosos, como o de Ilhéus, e inovações tecnológicas, como o reconhecimento biométrico facial.
O Aeroporto também é conhecido como Aeródromo, denominação dada a qualquer tipo de superfície terrestre ou aquática destinadas à decolagem e aterrissagem de aeronaves, que possuam instalações e uma infraestrutura adequada para desembarque de passageiros e cargas. Uma super estrutura que se divide em dois tipos; Aeroportos nacionais que operam voos domésticos, ou seja, apenas dentro do país, e os Internacionais atendem voos domésticos e internacionais.
Registros da Aeronáutica dão conta de que o primeiro aeroporto nas terrinhas tupiniquins foi o Santos Dumont no Rio de Janeiro, nome escolhido para homenagear o inventor brasileiro Santos Dumont. Aterrado no início de 1934 à beira da Baía de Guanabara e inaugurado para passageiros em 1938, quando a cidade ainda era a capital do país.
Atualmente estão ativos cerca de 2.717 terminais, porém, mais de 2 mil destes são particulares, ou seja, os que operam voos comerciais ficam em torno de 100, divididos entre aeroportos internacionais e os domésticos. O que ganha destaque é o gigante de Guarulhos, o Aeroporto Internacional de São Paulo é de longe o maior e mais movimentado do Brasil, sua reputação de “maior” alcança a América Latina e integra o ranking dos maiores do mundo!
E bem servidos de aeroportos, os brasileiros têm feito uso da malha viária a fim de aproveitar os tantos atrativos turísticos que essa terra oferece, somos a segunda nação com maior número de terminais. A quantidade de passageiros em voos domésticos é considerável, em ritmo de recuperação neste cenário de crise causado pela atual pandemia. Quem faz todo o controle da movimentação dos aviões em uma torre de controle, é o DECEA (Departamento de controle do espaço aéreo), órgão subordinado à Aeronáutica que planeja todo o fluxo do tráfego dos aviões, são os responsáveis por autorizar ou não pousos e decolagens. E estamos falando de 22 milhões de km² de espaço aéreo.
O Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, foi palco de uma das maiores tragédias da aviação já registradas em território nacional. A queda do Airbus da Tam em julho de 2007 causou a morte de 199 pessoas, ao derrapar na pista molhada na tentativa de um pouso forçado, o avião não conseguiu parar, se chocou contra um prédio e pegou fogo.
Este terminal foi construído em 1935 e batizado com o nome do primeiro governante da Província de São Paulo após a independência do Brasil, o Visconde de Congonhas do campo. Administrado pelo governo de São Paulo da época, passou por várias reformas, melhorias e alcançou o título em 1957 de terceiro no mundo em movimentação e transporte de cargas aéreas. A cidade cresceu tanto em torno do aeroporto que hoje é rodeado de casas e prédios residenciais, por conta das reclamações do barulho provocado pelas turbinas das aeronaves, ele opera em dias normais somente até às 23h. Outra curiosidade interessante sobre este aeroporto é que ele foi o primeiro da América Latina a ter instalado um equipamento de radar utilizado pela aviação civil.
Mesmo pilotos muito bem treinados, qualificados e experientes relatam que um dos Aeroportos mais perigosos do Brasil é o Jorge Amado, de Ilhéus no litoral da Bahia, possui uma pequena pista de apenas 1577 metros com vista pro mar, em dias chuvosos fica excessivamente derrapante, suas cabeceiras começam e terminam muito próximas da água proporcionando um espetáculo aos olhos dos tripulantes, porém esta condição faz com que o aeroporto receba fortes ventos través, que é uma condição extremamente perigosa para operações de pousos e decolagens.
Em Belo Horizonte Minas Gerais fica o Aeroporto Internacional Tancredo Neves - Confins, é um dos terminais com uma das pistas mais extensas do país com 3.600 metros, perdendo apenas para o Gigante de Guarulhos. Em 2021 foi eleito o melhor Aeroporto do Brasil de acordo com a Pesquisa Nacional de Satisfação de Passageiros e Desempenho Portuário. Também é um dos poucos Aeroportos a testar uma nova tecnologia de Reconhecimento Biométrico Facial, a fim de agilizar o acesso dos passageiros no momento do embarque. O projeto “Embarque + Seguro”, é um sistema que dispensa a apresentação de documentos de identificação uma vez que a coleta das informações é feita através do banco de dados unificado, checando em poucos segundos a identidade do passageiro.
Florianópolis, Salvador e Brasília também fazem testes deste novo programa de identificação, idealizado pelo Ministério da Infraestrutura em parceria com a Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital.
E o mais novo integrante da lista de Aeroportos é Executivo Catarina em São Paulo, este por sua vez possui o diferencial de operar voos apenas para aviação executiva, completou dois anos de operação em Dezembro de 2021. É o primeiro Aeroporto Executivo Autorizado Internacional do Brasil, assinado sob a estética dos Arquitetos Sig Bergamin e Murilo Lomas.
Se engana quem pensa que todos estes aeroportos são responsabilidade do governo, muitos deles já foram entregues à iniciativa privada, terminais importantes do país como Guarulhos (SP), Galeão (RJ), Confins (MG) estão sob gestão particular desde 2011.
A grande maioria dos Aeroportos são tão grandes que fica impossível conhecer toda a estrutura interna. Além dos setores de check-in, fingers, Alfândega e imigração, oferecem uma variedade de serviços com lojas, restaurantes, cafés e souvenirs, atrativos para os viajantes enquanto aguardam sua conexão.
O Brasil preserva projetos arquitetônicos aeroportuários únicos, onde cada terminal é uma obra única, caracterizada por suas singularidades. São muitas mudanças e evoluções constantes, adequações urgentes e necessárias, que buscam atender às novas demandas de uma sociedade que vem se transformando em alta velocidade.